Marina Abramovic e Pina

Pina

Depois de uma hora e quarenta e três minutos sem conseguir dar pausa no documentário, coloquei meu macarrão instantâneo com hashi para esfriar enquanto escrevo este texto. Não sei se tenho realmente o que falar. O que mais ficou, após assisti-lo, foi a primeira experiência - nunca assisti nada parecido. Um dos motivos deve ser o fato de que nunca me interessei de verdade por dança (frustada porque não me permito dançar, obviamente, sóbria). Também já vi apresentações, "dancei", mas nada como o conjunto das cenas mostradas. Não sabia quem era Pina, onde cresceu, se foi casada, se tem filhos, como morreu e, após assistir o documentário, continuo sem saber, porque esse não é o objetivo. Também tentei não me atentar tanto a detalhes, significados, mas apenas observar e sentir o que eles queriam passar. Porque esse foi o objetivo. Cada um deu sua percepção sobre Pina, como eram atraídos por ela e, juntando cada expressão e fala, ela se tornou numa pessoa mágica - ou sempre foi.


Marina Abramovic

Bem, de novo não sei o que falar kkkkkk. Meu limite foi ver a criança sentando na frente de Marina e depois ele e a mãe? chorando. Aí eu chorei. Fiquei intrigada também com o fato de nunca ter ouvido falar nela, mas já ter visto algumas de suas performances - nunca fui muito ligada no meio artístico, só de tempos em tempos não aguentava mais a vida e resolvia me expressar, seja com um poema, uma pintura com tinta guache vencida, uns desenhos sem técnica nem pé nem cabeça, e não procurava conhecer mais a fundo sobre esse meio. E estar conhecendo tanta gente diferente está sendo uma experiência muito massa (além de ser forçada  induzida a me expressar mais vezes em AIA). Agora, por que eu estou desabafando? Depois de tanto tempo olhando para Marina sentada comecei a refletir sobre mim mesma, em como eu não sei quais são meus limites, como eu não suporto dor kkkkkk (culpo a genética), como eu não acredito no que faço (esperando só as aulas presenciais começarem pra eu trancar o curso kkfkkk, não acredito que eu consiga ficar tão longe de casa e se vou conseguir me manter) e outras coisas ladeira a baixo. E, desde o início, tudo incomodou. Ou sou falsa desconstruída ou esse é o objetivo (deve ser os dois, né).


Enfim, na minha cabeça ninguém vai ler isso.

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